Um proprietário privado de um imóvel sito na Rua do Alecrim, ao Chiado, quer rentabilizar o seu património deixando que a fábrica de azulejos e a loja de uma marca portuguesa quase centenária seja despejada - a Fábrica de Sant' Anna (1916). Para o local projectar-se um hotel "dedicado" a Raphael Bordallo Pinheiro (RBP).
O Hotel pertencerá ao Grupo Visabeira que também é detentor de marcas únicas, históricas e de prestígio, como a Atlantis ou a Vista Alegre.
Imagino o que esse grande artista e caricaturista acharia deste paradoxo relativamente à História: saem azulejos com tradição e entra Bordallo para ajudar à taxa de ocupação hoteleira! Ele que também criou e fabricou azulejos!
O Estado Português maltrata o seu património histórico: o actual Governo de Portugal - quer deixar "fruir" o Mosteiro de Odivelas à "Comunidade de Odivelas" (!) e as instalações do Instituto de Odivelas são, por isso, "desafectadas" do Exército. Assim, uma escola centenária e de excelência é despejada, destruída e afectada, isso sim, na sua identidade e na sua dignidade.
Ora, o Estado deveria saber defender as suas marcas nacionais.
A quem interessará, para além da "Comunidade Odivelense"(?), tal fruição?
A que políticos? A que finança? A que economia?
À primeira, RBP chamou de "a grande porca"; à segunda "o grande cão" e à terceira "a galinha choca".
Maria Rodrigues
O Hotel pertencerá ao Grupo Visabeira que também é detentor de marcas únicas, históricas e de prestígio, como a Atlantis ou a Vista Alegre.
Imagino o que esse grande artista e caricaturista acharia deste paradoxo relativamente à História: saem azulejos com tradição e entra Bordallo para ajudar à taxa de ocupação hoteleira! Ele que também criou e fabricou azulejos!
O Estado Português maltrata o seu património histórico: o actual Governo de Portugal - quer deixar "fruir" o Mosteiro de Odivelas à "Comunidade de Odivelas" (!) e as instalações do Instituto de Odivelas são, por isso, "desafectadas" do Exército. Assim, uma escola centenária e de excelência é despejada, destruída e afectada, isso sim, na sua identidade e na sua dignidade.
Ora, o Estado deveria saber defender as suas marcas nacionais.
A quem interessará, para além da "Comunidade Odivelense"(?), tal fruição?
A que políticos? A que finança? A que economia?
À primeira, RBP chamou de "a grande porca"; à segunda "o grande cão" e à terceira "a galinha choca".
Maria Rodrigues