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14 de maio de 2016

O ataque ao património material e imaterial de Portugal que foi o Instituto de Odivelas

Decorreram mais de 116 anos sobre a fundação do Instituto de Odivelas (IO) pelo Rei D Carlos e pelo Infante D. Afonso. Esta escola pública, ao serviço da Educação de Portugal, com alunas filhas de militares e de civis, foi extinta por motivos pseudo-economicistas e de género. Na verdade, em muitos países civilizados, as escolas públicas de rapazes e de raparigas são uma realidade perfeitamente comum e enquadrada na liberdade de escolha e no direito de opção das famílias. Num qualquer país civilizado do mundo, os poderes públicos defenderiam uma escola pública, centenária e que funcionava bem.

Em 2016, o Mosteiro de Odivelas encontra-se encerrado e o Instituto de Odivelas, com as suas salas de aula, laboratórios, ginásio, piscina, camaratas, refeitório... sem ninguém. O Forte de Santo António no Estoril foi a casa de férias das alunas desde 1915. Nem o ditador Salazar desalojou as alunas do seu espaço de férias.

O tempo, "esse grande escultor", dará razão a quem defendeu sem peias o IO.

Ficará "mal na fotografia" quem atacou o IO, quem não levantou os braços e deu um murro na mesa, obviamente demitindo-se, quem o defendeu meramente por razões de timing político, quem não o defendeu por necessidade egoísta e mesquinha de sobrevivência política, profissional ou outra, quem não teve coragem de falar "cada vez mais alto". Rezarão na História por serem fracos.

Maria Rodriges


Estatuto do Instituto D. Afonso em Odivelas a 9 de Março de 1899
Data da fundação – 14 de Janeiro de 1900



 Colónia de férias do Instituto de Odivelas no Forte de Santo António no Estoril, desde 1915


 Símbolo do Instituto de Odivelas
 Uma criação da Rainha D. Maria Pia