O Instituto de Odivelas (IO) foi extinto por decisão do Governo da anterior Legislatura. O IO era uma escola de excelência com História e, mercê do processo de gradual extinção, no ano letivo de 2014/2015 apenas alunas do 9.º ano e do 12.º ano puderam frequentar o IO. Ainda assim, o desempenho das alunas do 12.º ano foi notável, tendo em conta a carga emotiva que condicionou a vida escolar das alunas. Porque houve menos de 100 provas de exame nacional, o IO não entrou nos rankings com tal número mínimo. Porém, no ranking do jornal Público/Universidade Católica Portuguesa, o IO ficou classificado como a melhor escola pública no ranking de escolas em 2015, surgindo no 25.º lugar com a média de 12,93 valores nas provas de exame nacional do 12.º ano. Porquê o encerramento de uma escola centenária onde sempre imperaram o rigor, a qualidade e a exigência? Porquê o preconceito face a uma escola pública feminina numa Europa plural, civilizada, não discriminatória dos direitos das mulheres.
Com que sustentável leveza foi extinto o Instituto de Odivelas?
Com que sustentável leveza foi extinto o Instituto de Odivelas?
Decorrem hoje 117 anos sobre a fundação do IO pelo Rei D. Carlos e pelo Infante D. Afonso.
Esta escola pública, ao serviço da Educação de Portugal, com alunas filhas de militares e de civis, de todas as condições socioeconómicas, foi extinta por motivos pseudo economicistas e de género. Na verdade, em muitos países civilizados, as escolas públicas de rapazes e/ou de raparigas são uma realidade perfeitamente normal e enquadrada na liberdade de escolha e no direito de opção das famílias. Num qualquer país civilizado do mundo, os poderes públicos defenderiam uma escola pública, centenária, de “excelência” que funcionava bem, que dava retorno financeiro ao Estado ao qual pertencia. Em 2017, o Mosteiro de Odivelas encontra-se encerrado e o IO, com as suas salas de aula, laboratórios, ginásio, piscina, camaratas, refeitório... sem ninguém. O Forte de Santo António no Estoril foi a casa de férias das alunas desde 1915. Nem o ditador Salazar, que lá veraneou, desalojou as alunas do seu espaço de férias.
O tempo, "esse grande escultor", dará razão a quem defendeu sem peias o IO. Ficará mal na fotografia quem atacou o IO, quem o defendeu ou não o defendeu meramente por razões de timing político, quem não o defendeu por necessidade egoísta e mesquinha de sobrevivência política, profissional ou outra, quem não teve coragem de falar "cada vez mais alto". Quem não quis ouvir no Hino do IO, os versos “é o nosso ideal a verdade, a verdade é a crença mais bela”. Esses rezarão na História… por serem fracos.
O tempo, "esse grande escultor", dará razão a quem defendeu sem peias o IO. Ficará mal na fotografia quem atacou o IO, quem o defendeu ou não o defendeu meramente por razões de timing político, quem não o defendeu por necessidade egoísta e mesquinha de sobrevivência política, profissional ou outra, quem não teve coragem de falar "cada vez mais alto". Quem não quis ouvir no Hino do IO, os versos “é o nosso ideal a verdade, a verdade é a crença mais bela”. Esses rezarão na História… por serem fracos.