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28 de janeiro de 2014

Cordão humano no IO

Pela continuidade do IO, SEMPRE!



O Instituto de Odivelas - uma escola única em Portugal e no Mundo

Odivelas era ainda uma aldeia nos arredores de Lisboa, com quintas e hortas, quando viu nascer o Instituto de Odivelas (IO), em 1900. Desde então, o estabelecimento militar de ensino com 114 anos e Odivelas partilham uma história comum que marca, de forma indelével, a identidade da vila, depois cidade e, entretanto, sede de concelho.
O IO ocupou o Mosteiro de Odivelas, fundado em 1295 pelo rei D. Dinis e doado às freiras bernardas da Ordem de Cister. Assolado pelo Terramoto de 1755, pelas Invasões Francesas e pelo Decreto da Extinção das Ordens Religiosas em 1834, o monumento foi posteriormente cuidado e conservado pelo Instituto de Odivelas, estimado por gerações e gerações de alunas que brincaram nos seus claustros, passaram pelas velhas lajes, sob arcos e ogivas, por entre azulejos azuis, amarelos e brancos. O Mosteiro de Odivelas é, igualmente, um património aberto à comunidade que frui a beleza e a religiosidade do monumento.
Foi por iniciativa da rainha D. Maria Pia e de seu filho, o Infante D. Afonso, irmão do rei D. Carlos que o IO foi fundado a 14 de janeiro de 1900 com a finalidade de “… dar às alunas (…) uma instrução geral e, alem disso, a instrução profissional que possa, de futuro, criar-lhes os precisos meios de subsistência”, de acordo com o seu primeiro Estatuto de 1899.
A criação do então Instituto Infante D. Afonso teve inicial e especialmente como missão educar e instruir órfãs filhas de militares mortos em combate ou por doença. Mas cedo recebeu também alunas de todo o país e das então colónias portuguesas, filhas quer de militares, quer de civis.
A marca distintiva do IO consiste no facto de ao longo de 114 anos ter sido sempre uma escola singular no panorama educativo nacional: o único internato feminino com uma sólida formação integral que alia a tradição e os valores à inovação de práticas pedagógicas sempre avançadas no tempo e pioneiras em Portugal. O IO foi das primeiras escolas com o curso liceal público feminino, a primeira a introduzir em Portugal, logo em 1904, a Ginástica Sueca, das primeiras a ter aulas de Higiene, de Puericultura e de Culinária e a dispor de ensino profissional no feminino. Aprendia-se Contabilidade, Escrituração Comercial e Natação, Educação pela Arte e Telegrafia, Francês e Basquetebol, Química e Rendas de bilros, Latim e Jardinagem, Drama e Bordados, para além da existência dos Cursos de Precetoras, de Economia Doméstica e do Magistério Primário.
Nos últimos anos da Monarquia e durante a I República, o Estado Novo e na Democracia, o IO foi sendo visitado por reis, infantes e rainhas, presidentes da república portuguesa e múltiplas personalidades da vida nacional e internacional: intelectuais, embaixadores, políticos, militares ou músicos de renome, de que são prova as mensagens elogiosas e as assinaturas que constam do Livro de Honra do IO.
Hoje, o IO assume-se como uma escola de excelência, cujas palavras de ordem são a qualidade, o rigor e a exigência, tendo a escola alcançado sempre lugares cimeiros nos rankings nacionais das escolas públicas portuguesas. Continua a receber alunas, filhas de militares e de civis, provenientes de todo o país e de meios socioeconómicos muito diversos. Frequentam também o IO, alunas oriundas dos PALOP.
Existe no mundo atual uma forte tendência para a valorização do ensino diferenciado por género no sistema educativo privado e, sobretudo, no ensino público, tendência que se mantém em países como a Inglaterra, a França ou a Espanha mas que aumenta, por exemplo, nos EUA e na Alemanha. Também a finalidade do IO, adaptada aos dias de hoje e seguindo o currículo do Ministério da Educação e Ciência, permanece semelhante à dos primeiros tempos: ministrar uma sólida formação humanística e científica por forma a desenvolver nas alunas as competências indispensáveis para o ingresso no ensino superior e para os cursos de formação dos quadros permanentes das Forças Armadas.
O IO é uma segunda casa para as alunas indo ao encontro do conceito escola-família. Os laços aqui criados são quase sempre laços para a vida de meninas, raparigas e mulheres. Tão importantes como o pioneirismo de mulheres anónimas ou conhecidas que estudaram no IO: cientistas, artistas plásticas, jornalistas, médicas, escritoras, desportistas, atrizes, professoras…

Eis apenas alguns exemplos do pioneirismo de antigas alunas do IO:
  • Ana Maria Lobo - a primeira presidente da AMONET (associação nacional de mulheres cientistas) e figura cimeira em associações internacionais de mulheres cientistas, na atualidade;
  • Irene da Fonseca - primeira portuguesa na presidência da Sociedade de Matemática Aplicada e Industrial nos EUA, na atualidade;
  • Isabel Maria Gago - primeira mulher formada em Engenharia Química em Portugal;
  • Julieta Espírito Santo -  primeira médica são-tomense;
  • Maria Antónia Luna Andermatt - primeira figura do bailado nacional e cofundadora da Companhia Nacional de Bailado, recentemente falecida;
  • Maria Isabel Joglar - primeira mulher portuguesa na modalidade olímpica de Tiro de Pistola;
  • Paula Costa - primeira mulher piloto militar da Força Aérea Portuguesa.

27 de janeiro de 2014

19 de janeiro de 2014

Mensagem do Papa Francisco ao Instituto de Odivelas

No fim da missa realizada no dia 19 de Janeiro de 2014, na igreja do Instituto de Odivelas, o padre António Borges da Silva, capelão do IO, leu a carta recebida do Papa Francisco com a benção apostólica às meninas de Odivelas e comunidade educativa. Vejam o vídeo.


13 de janeiro de 2014

Meninas de Odivelas em manifestação na terça feira


[Encerrar o Instituto de Odivelas] "É um atentado ao património histórico do nosso País, aos direitos das mulheres e da sua luta pelo acesso ao ensino, ao direito a uma educação de excelência e ao direito à escolha. É portanto um atentado à democracia."

AOFA congratula-se pelo 114º aniversário do IO


Protesto contra encerramento do Instituto de Odivelas


Para as antigas alunas do Instituto de Odivelas, trata-se de “um atentado ao património histórico do nosso País, aos direitos das mulheres e da sua luta pelo acesso ao ensino, ao direito a uma educação de excelência e ao direito à escolha. É portanto um atentado à democracia”.

11 de janeiro de 2014

Dia 14.01.14 não faltem! IO sempre!


Porquê encerrar uma escola de Excelência?

Artigo de opinião na imprensa espanhola. Ler aqui.

"En un momento de crisis económica y financiera como la que actualmente vivimos en Portugal, el gobierno de Pedro Passos Coelho ha decidido hacer recortes, argumentando costos económicos sin tener en cuenta lo que destroye.
El gobierno con su “guadaña destructora” también llegó a la única escuela internado militar femenina existente en Portugal, el Instituto de Odivelas."



9 de janeiro de 2014

IO Memória - tempos livres

Porque  a História nunca se apaga e são as memórias que lhe dão fulgor...

Alunas em "alegre convívio" na Quinta do Instituto de Odivelas em 1939. A vacaria fornecia o leite diário às alunas do então Instituto Feminino de Educação e Trabalho de Odivelas.


5 de janeiro de 2014

O Coronel Frederico Simas e a Educação Nova em Portugal

O documento de Joaquim Pintassilgo, do Centro de Investigação em Educação da Universidade de Lisboa, pode ser consultado aqui

"Em 1919, o Coronel Ferreira de Simas foi nomeado director do Instituto Feminino de Educação e Trabalho (futuro Instituto de Odivelas), um internato escolar destinado às filhas de militares, no qual já desempenhava funções pedagógicas. Permaneceu nessas funções até 1941. Ferreira de Simas aprofundou o esforço, já anteriormente desencadeado, no sentido de transformar o Instituto numa escola de referência no panorama pedagógico nacional."

Aniversário do IO - convite



3 de janeiro de 2014

IO Memória - carta convite

Carta das alunas do Instituto Feminino de Educação e Trabalho a Elzira Machado, mulher de Bernardino Machado (terceiro e oitavo Presidente da República).





2 de janeiro de 2014

A história do fecho do Instituto de Odivelas


"É muito relevante que os pais, alunas, professores, funcionários do Instituto de Odivelas tenham cuidado com alguns dos agentes políticos do concelho, cuja defesa do Instituto de Odivelas apenas lhes dá jeito, por estarmos em ano de eleições autárquicas. A solidariedade institucional tem um preço!"