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6 de setembro de 2013

Ruas Portuguesas de luto

Ruas Portuguesas, e também de Macau, com nomes de ex-alunos do Colégio Militar estão de luto.

LISBOA:

Travessa Aboím Ascenção (1859-1930)



CASTELO BRANCO: Em Castelo Branco 7 ruas acordaram em luto, notícia aqui.


SANTARÉM: Rua Tenente Valadim.

FUNCHAL: Rua Serpa Pinto.




Ranking Nacional de Escolas 2012

Posicionamento do Instituto de Odivelas no ranking nacional de Escolas em 2012:

Secundário: 28 (em 615 escolas)
9º ano: 104 (em 1330 escolas)
6º ano: 96 (em 1144 escolas)


O instituto de Odivelas foi a escola pública com a melhor média nacional (14.3 valores) na disciplina de português nos exames de 2012.

Ser mãe de uma “menina de Odivelas”

É necessário fazer uma prévia declaração de interesses: sou professora no Instituto de Odivelas (IO) há mais de vinte anos, sou mãe de uma aluna do IO e de uma candidata a aluna do IO. As razões profissionais ou familiares poderiam ser suficientes para defender a continuidade do IO como escola única e de excelência no panorama educativo nacional e onde há liberdade de ensinar e de aprender. Mas não bastam! Tal liberdade, hoje constitucionalmente consagrada, não foi contestada no passado, sequer pelo regime republicano nascido a 5 de outubro de 1910. Note-se que o Instituto Infante D. Afonso, na sua primeira designação, foi fundado sob o alto patrocínio da Casa Real: o rei D. Carlos, a rainha D. Amélia, a rainha D. Maria Pia e o Infante D. Afonso. Ora, a I República olhou mais longe e mais alto que as meras questões ideológicas ou os eternos problemas económicos e financeiros, e viu mais perto quanto à pertinência de uma escola como o então Instituto Feminino da Educação e do Trabalho, continuar a educar e formar, de forma inovadora e integral, futuras mulheres que não se circunscreviam exclusivamente ao “domus” ou ao “pater famílias”. 

Acresce que nem a seguir ao 25 de abril de 1974, e nos tempos revoltosos e tumultuosos do PREC, o IO foi posto em causa. Porém, desde finais do século XX, que se sentiram algumas ameaças, mais ou menos veladas, mas que justamente a racionalidade, a razoabilidade, o bom senso e a boa sensibilidade afastaram, durante algum tempo…

Ser menina de Odivelas em Odivelas é um valor nacional que não se compadece com mediatas imediatas e mediáticas que ignoram os 113 anos de história do IO. Como professora sei perfeitamente que não estou numa escola de elites mas sim numa escola que necessita de ser defendida e acarinhada pelos poderes públicos. Ensinei e ensino alunas, filhas de militares e de civis, internas e externas, provenientes de todo o país, dos PALOP e oriundas de diversos estratos socioeconómicos.

-  Acredito no Projeto Educativo do IO.

-  Acredito no ensino diferenciado por género. 

-  Acredito no ensino público pago por opção e convicção, sem parcerias público privadas, essas sim ruinosas, nalguns casos, para o Erário Público e envoltas em interesses pouco “educativos”.

-  Acredito que as minhas filhas não estão numa reserva ou “zona de conforto” nem numa “coutada de casta” de “filhas-família”.

-  Acredito que só no IO as minhas filhas podem aprender a viver numa sociedade que se deseja tão igual quanto diversa e, por isso, a serem melhores cidadãs.

-  Acredito que o Mosteiro de S. Dinis e de S. Bernardo de Odivelas não vive sem o Instituto de Odivelas – Infante D. Afonso.

-  Acredito que os claustros, a olaia, as glicínias, os jacarandás, a árvore “Avó”, os azulejos, a cantaria gótica, manuelina e barroca, o teto bonito em madeira policromada do refeitório das monjas não sobrevivem sem a presença das meninas de Odivelas.

-  Acredito, por dever pessoal e profissional, que "a memória cativa as coisas num lugar fabuloso que é onde mora a esperança" (Agustina Bessa-Luís)

DUC IN ALTUM! (CADA VEZ MAIS ALTO!)

Margarida Cunha


Carta aberta de uma ex-aluna

Em 1983 perdi o meu pai, tinha eu 12 anos. O meu pai era militar da Força Aérea.
A morte do meu pai veio originar uma alteração de 180º graus na nossa vida.
Foi nessa altura que alguns colegas do meu pai falaram à minha mãe na hipótese de eu e a minha irmã integrarmos o Instituto de Odivelas (IO).
Após a realização de provas de conhecimentos para aferir o nível de ensino em que estávamos - entrei recuando no nível de ensino. De facto, o ritmo, a disciplina, a organização e a exigência académica não tinham qualquer comparação com o que eu havia vivido até áquele momento.
No ano lectivo 1984/1985, eu e a minha irmã, entramos no IO.

Devo dizer que estou extremamente grata aos colegas do meu pai, ao darem esta sugestão apoiaram enormemente o meu núcleo familiar, a nossa educação e instrução.
Tive a oportunidade de adquirir conhecimentos académicos e valores, como o sentido do dever, da honra e da solidariedade e atributos de carácter, como sejam a integridade moral, o espírito de disciplina e a noção de responsabilidade individual, colectiva e social. Por isso, creio que a missão do IO foi, no meu caso e na generalidade das meninas/mulheres que por lá passaram, alcançada. Creio que quase 100% das meninas que passaram pelo IO ingressaram no ensino superior e algumas nos estabelecimentos militares de ensino superior.

Voltando a 1984. Creio que, se não tivesse existido o IO, hoje seria outra pessoa. Não sei se melhor ou pior, mas sei que não seria o que hoje sou e, como estou bastante satisfeita com o que sou, estou grata ao IO. Creio, igualmente, que este sentimento é partilhado por todas as meninas que ao longo dos anos foram passando por este estabelecimento de ensino.
O que somos, enquanto mulheres e cidadãs activas, tem impacto na sociedade em que estamos inseridas. Decerto passaremos aos nossos filhos o espírito do dever individual, colectivo e social, a resiliência e toda uma atitude positiva de luta por aquilo em que acreditamos, dando o melhor de nós naquilo em que nos envolvemos!

Apelo por isso à grande familia militar, militares no ativo e na reserva, elementos da GNR, da PSP, ex-alunos do Colégio Militar, ex-alunos do Instituto Pupilos do Exército, ex-alunos da Academia Militar, ex-alunos da Escola Naval, ex-alunos da Academia da Força Aérea e associações profissionais de militares que se juntem nesta causa, pelos vossos filhos. Todos podem um dia deixar orfãos.
Encerrar o IO é uma má decisão porque se fundamenta exclusivamente num racional económico, onde o produto final não é mensurado porque é imensurável.
Pergunto quanto vale efectivamente a minha formação moral e académica? E se multiplicar esse valor pelo número de alunas que passaram pelo IO? Não tem valor.
O que irá acontecer ao Mosteiro? Irá ficar ao abandono, será pilhado, degradar-se-á até ir a hasta pública e ser adquirida por algum investidor estrangeiro? Conservar o património histórico, dando-lhe simultaneamente utilidade, não será uma boa prática da gestão do património do Estado? 
O regime de externato e misto irá conseguir os mesmos resultados? Não creio.
Vamos fazer experências e anular mais de cem anos de sucessos educativos públicos?

Os períodos de crise são momentos de grandes oportunidades, sem dúvida. Na questão da educação e formação de crianças e adolescentes, estes tempos impõem lucidez, bom senso e objetividade. Por isso, é essencial não desfocar a atenção dos resultados alcançados. Os resultados finais do IO são excelentes, assim como os do Colégio Militar e Instituto dos Pupilos do Exército.
Temos que sair do “conforto” e “desconforto” da nossa vida e mostrar ao Governo que esta não é uma boa decisão e que recuar é próprio de quem ouve e quer o melhor para a sociedade.

Dia 14 de junho de 2013, às 19.30, venha marchar com as alunas do IO. A partida será do Mosteiro dos Jerónimos e terminará no Ministério da Defesa Nacional."

Diva Cristina Sousa


As filhas da Nação

Video feito por um grupo de alunas do Instituto de Odivelas contra o fecho da Instituição.


35 personalidades pedem intervenção de Cavaco em defesa do Colégio Militar

Trinta e cinco personalidades, incluindo o ex-Presidente da República Ramalho Eanes, altas patentes militares e ex-ministros como Marçal Grilo, associaram-se à causa da defesa do Colégio Militar e pediram a intervenção do chefe de Estado. Ler a noticia aqui.




Maria Cavaco Silva, aluna Honorária do Instituto de Odivelas

Ver aqui o discurso de Maria Cavaco Silva por ocasião do 110º aniversário do Instituto de Odivelas.



Intervenção do Presidente da República na Sessão Solene do 110º aniversário do Instituto de Odivelas

O Presidente da República presidiu às cerimónias comemorativas do Dia do Instituto de Odivelas, por ocasião do 110º aniversário da sua fundação. Ver mais fotos e video aqui.


(…) O Instituto de Odivelas é uma instituição de elevada credibilidade, que interessa a Portugal acarinhar e incentivar, e da qual têm saído mulheres que têm prestado relevantes serviços ao País nas diversas áreas da cultura, das artes e das ciências, fazendo votos para que continue a preservar e honrar a sua história, as suas tradições e os seus princípios.” 

Presidente da República Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva por ocasião da comemoração do 110.º Aniversário do Instituto de Odivelas, a 14 de janeiro de 2010.





Ministério da Defesa gastou 80 mil euros em campanha publicitária

A fusão dos três colégios militares fez estalar uma guerra de campanhas entre o Ministério da Defesa e a Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar. Em julho, o ministério gastou 80 mil euros em publicidade para atrair mais alunos para os estabelecimentos militares de ensino. Em agosto, os antigos alunos do Colégio Militar lançaram uma campanha para protestar contra a fusão das escolas militares.