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8 de setembro de 2013

A liquidação do Colégio Militar

O que se escrevia no DN sobre o Colégio Militar há 1 ano atrás (11 de setembro de 2012)...

Os 3 dogmas de Aguiar-Branco

Numa conferência de imprensa realizada nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Odivelas em março de 2013o Presidente da APEEAIO fala sobre a reunião que teve com o governo acerca do encerramento do Instituto de Odivelas. Nesta intervenção ficamos a saber que Aguiar-Branco não quer encerrar o Instituto de Odivelas por uma questão económica mas sim por uma orientação assente em três dogmas.

Os dogmas de Aguiar-Branco são:

1. O dogma da existência de escolas militares com quotas de risco.

2. O dogma da separação por género. Aguiar-Branco não quer escolas com separação por género.

3.  O dogma da separação por castas. Aguiar-Branco não quer escolas para pobres e escolas para ricos.



No Despacho n.º 4785/2013. D.R. n.º 68, Série II, relativo à reestruturação dos Estabelecimentos Militares de Ensino (não superior), Aguiar-Branco conclui de forma inequívoca existirem "carências de base na estratégia e ação dos EMES, revelando, nomeadamente, excesso de recursos humanos, défice de alunos, inexistência de uma estratégia de comunicação e ausência de uma ação integrada em termos de gestão dos mesmos".

Esta conclusão foi baseada no estudo encomendado por Aguiar-Branco através do Despacho n.º 5588/2012:

"Considerando que a situação económico-financeira atual do País obriga a um maior rigor na utilização dos dinheiros públicos, no sentido de a tornar mais eficiente no cumprimento dos objetivos de redução da despesa pública, sem que se comprometa a qualidade da formação...

Face ao exposto determino:

1 - A criação de uma Equipa Técnica com o objetivo de apresentar um Plano de Ação para os EMEs a implementar nos anos letivos de 2012 -2013 e 2013/2014 que, sem prejuízo de outras medidas entretanto consideradas necessárias, reflita em especial os seguintes pontos:

a) Aumento do número de alunos/receita dos EMEs;
b) Diminuição da despesa e aumento da eficiência, nomeadamente através da eventual revisão do enquadramento jurídico, da política de recursos humanos e do aproveitamento das estruturas e infraestruturas existentes;
c) Revisão do modelo de financiamento dos EMEs..."







Crendices e Berta Cabral

Comentário de um antigo aluno do Colégio Militar acerca do artigo de Berta Cabral publicado no DN a 2 de setembro de 2013. Ler o comentário completo aqui.


"A Igualdade de Género só é aqui chamada como bengala de argumentário coxo. Porque tudo isto navega contra a sedimentação da História acobertado no disfarce da pretensiosa inovação da marca de Estabelecimentos Militares de Ensino e na insinuação, em primária caça de elogios, de que o peso da tomada de decisão está no rompimento de um inventado Clube do Bolinha onde menina não entra, mistificando e usando o que dá jeito para ignorar o que incomoda e criando contas, sem profundidade e confronto para justificar a mais fácil das soluções: acabar com tudo e reduzir a História a zero. 


Assim, neste quadro que me impuseram, assiste-me o direito de perguntar:

a quem vai interessar o Forte de Santo António da Barra sobre o mar que toca o Tejo?
e a qualidade das instalações de Odivelas? 
e o Monumento Nacional do Mosteiro de S. Dinis? 
e o Claustro da Moura? 
e a Torre da Madre Paula? 
e a Sala do Tecto Bonito? 
A quem vão servir? 
quem ficará com eles, para que uso e a troco do quê?"


CDU questiona o governo sobre o Instituto de Odivelas

Em conferência de imprensa no dia 17 de abril de 2013, o Grupo Parlamentar da CDU apresenta as 6 perguntas que dirigiram ao Governo relativamente ao encerramento do Instituto de Odivelas. Clicar na figura para ouvir.


Berta Cabral: A queda da máscara




"Sob o título "Fazer história" a senhora secretária de Estado adjunta e da Defesa Nacional publicou no dia 2 de Setembro um texto no Diário de Notícias que vale a pena ser lido com atenção."

"Justiça seja feita, fica claro no texto da senhora secretária de Estado que os motivos da defenestração do Colégio Militar não são económicos ou financeiros, mas ideológicos, assentes na "luta pela igualdade de género", uma bandeira que desconhecia em absoluto ser uma prioridade da governação do PSD e do CDS. A máscara desta maioria caiu, pois."

Miguel Félix António

Jurista/Gestor, ex-aluno do Colégio Militar

Aguiar-Branco: Defesa põe em causa campanha


Ler noticia aqui.

Perante a notícia publicada no Correio da Manhã a 4 de setembro, a AAAIO enviou a seguinte carta ao diretor do jornal:

Exmo. Senhor Otávio Ribeiro, Diretor do Correio da Manhã

O V/ jornalista João Fernandes Silva, assinou uma peça intitulada “Defesa põe em causa campanha”, publicada na V/ edição de hoje, 4 de setembro.

Esta peça começa por comentar a campanha da AAACM contra a a fusão com o Instituto de Odivelas, passando depois a referir que “as associações de antigos alunos do Colégio Militar e do Instituto de Odivelas usufruírem do edifício militar Quartel da Formação sem pagar renda. As instalações foram cedidas pelo Exército, em 2002, com a aprovação de Paulo Portas, que era então o ministro da Defesa”. Ou seja, o jornalista insinua que as associações usam património sem pagar, dando a entender que gozam de privilégios especiais. O jornalista revela um desrespeito por Associações que muitos e bons serviços têm prestado ao País. 

Lamentavelmente o jornalista em causa não teve, como pensamos lhe competia, o cuidado de falar quer com a AAAIO (Associação das Antigas Alunas do Instituto de Odivelas) quer com a AAACM (Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar). 

  • A AAAIO investiu mais de 1.5 milhões de euros na construção do lar no Quartel da Formação que estava em ruínas. O acordo de comodato refere-se somente ao terreno, pois as instalações foram construídas e pagas pela AAAIO. Esse lar apoia 44 idosos, muitos deles recebendo somente a pensão mínima.
  • Também a Associação congénere, a AAACM, onde tem a sua sede, já investiu no Quartel de Formação, mais de 600.000 euros.
Ou seja, as duas Associações já investiram num local que estava praticamente ao abandono mais de 2 milhões de euros para dar apoio social a quem precisa.

Mais, têm cuidado de um conjunto arquitetónico do século XV e de um património de inegável valor histórico, que estava parcialmente em ruínas. No protocolo assinado com o Exército, ambas as Associações comprometeram-se com a sua recuperação e preservação.

Por fim, gostaríamos de convidar o jornalista e a Direção do Correio da Manhã a visitarem este conjunto de edifícios e a obra social da AAAIO.


Cumprimentos
M.Margarida Pereira-Müller 
Presidente da Direção da 
Associação das Antigas Alunas do Instituto de Odivelas

Aguiar-Branco: Mulheres no Colégio Militar são «motivo de orgulho»


Ler noticia aqui.


Perante esta a notícia a AAAIO enviou a seguinte carta ao diretor de informação da TVI:

Exmo. Senhor Professor José Alberto de Carvalho
O portal www.tvi24.iol.pt publicou hoje, 4 de setembro às 15h02, 14.21, uma peça vinda do Correio da Manhã intitulada “Mulheres no Colégio Militar são «motivo de orgulho»”.
Esta peça começa por referir um depoimento do Ministro da Defesa Nacional – “O ministro da Defesa, Aguiar Branco, considerou esta quarta-feira que a abertura do Colégio Militar a mulheres é motivo de orgulho e que a abertura da oferta levou ao aumento de inscrições” .

Gostaríamos de esclarecer o seguinte:
  • Tanto as Alunas, como os Pais e como as Antigas Alunas do Instituto de Odivelas são contra a fusão das duas escolas.
  • A decisão do Ministério da Defesa Nacional de encerramento do Instituto de Odivelas foi tomada UNILATERALMENTE sem considerar as opiniões dos Pais das Alunas. Os números apresentados pelo MDN são falsos. Mesmo com um futuro incerto por causa dos planos do MDN, no Instituto de Odivelas candidatam-se 97 alunas – e de fora ficaram as alunas do 5º ano que se viram impedidas de se inscrever no IO – e o este ano letivo vai começar com ca. 321 alunas (em 2012/13: 279) se todas forem a admitidas após as provas físicas, psicológicas e as provas de Português e de Matemática cuja última fase decorre em setembro. Estes números espelham uma procura bem reveladora da confiança depositada por famílias que não têm de recorrer ao ensino privado para o ensino diferenciado e que apostam num ensino onde se pretende qualidade, rigor e exigência, mesmo com a ameaça da extinção por Despacho.
  • Das ca. 60 inscrições para o 5º ano no IO, só se inscreveu no CM menos de metade. As outras preferiram ir para outras escolas.
  • Não entendemos de que “orgulho” o Ministro fala. Nós, Instituto de Odivelas, éramos independentes e agora tiram-nos a independência. Bastávamo-nos a nós próprias e agora impõe-nos ficar sob a jurisdição de um colégio com um modelo masculino de 200 anos. Pela primeira vez, em 113 anos de História e numa declarada limitação de género, há alunas do 5.º, do 7º e do 10.º ano que estão impedidas de estudar no IO este ano.

Cumprimentos
M.Margarida Pereira-Müller
Presidente da Direção
Associação das Antigas Alunas do Instituto de Odivelas