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29 de maio de 2016

Incêndio no Forte de Santo António da Barra

No dia 26 de Maio de 2015 ocorreu um foco de incêndio, de origem desconhecida, no Forte de Santo António da Barra. Este local era a antiga colónia de férias do Instituto de Odivelas, colégio que foi extinto pela legislatura do Governo de coligação PSD-CDS. O fogo consumiu resíduos num dos compartimentos do forte.
O Forte foi retirado ao IO e entregue à Câmara de Cascais, actual responsável pela sua manutenção, salvo alguma concessão a outra entidade privada.

Dia 10 de Junho e a ausência do Instituto de Odivelas

Pela primeira vez, desde que se comemora o Dia 10 de Junho, o extinto Instituto de Odivelas não estará, por isso, presente.



Alunas do Instituto de Odivelas nas cerimónias oficiais do 10 de Junho



O IO foi encerrado de forma escandalosa.

O IO foi maltratado e esquecido pelos poderes públicos que condenaram uma escola pública e centenária… e de excelência.

O IO foi fundado em 1900 e sobreviveu na Monarquia, na I República, no Estado Novo, no PREC e… na Democracia foi desrespeitado e extinto.

O IO foi vítima de uma discriminação: era uma escola feminina.

O IO foi vítima de um preconceito filho da ignorância e da ganância.

O IO era um incómodo porque funcionava bem e dava retorno ao Estado.

O IO foi fechado porque houve cobiça pelo Mosteiro de Odivelas e pelo Forte de Santo António da Barra no Estoril.

O IO era uma instituição educativa portuguesa com legitimidade histórica.

Uma escola como o IO seria mesmo acarinhada e incentivada num Estado de Direito que verdadeiramente preservasse a identidade e a memória nacionais.

Portugal ficou mais pobre.

Margarida Cunha

21 de maio de 2016

Uma escola extinta, porém pública - O Instituto de Odivelas

Decorreram mais de 116 anos sobre a fundação do Instituto de Odivelas (IO) pelo Rei D. Carlos e pelo Infante D. Afonso. 
Esta escola pública, ao serviço da educação de Portugal, foi frequentada por milhares de alunas filhas de militares e de civis, de todas as condições socioeconómicas, e foi extinta por motivos pseudo economicistas e de género. Na verdade, a questão da igualdade de género é ideológica. Não existem discriminações diariamente em escolas mistas, quer públicas, quer privadas? Acresce que o IO dava retorno financeiro ao Estado ao qual pertencia desde 1900. 
Em muitos países civilizados, as escolas públicas de rapazes e/ou de raparigas são uma realidade perfeitamente normal e natural, enquadrada na liberdade de escolha e no direito de opção das famílias. Num qualquer país civilizado do mundo, os poderes públicos defenderiam uma escola pública como o IO: centenária, de “excelência”  e que funcionava bem. Por que será que em países, só para nomear, como a Inglaterra ou a Alemanha, não existem pruridos relativamente à escola pública diferenciada por género? Estar-se-á perante um avanço civilizacional? 
Em 2016, o Mosteiro de Odivelas encontra-se encerrado e o seu antigo cuidador, o extinto Instituto de Odivelas, tem as salas de aula, laboratórios, ginásio, piscina, anfiteatro, camaratas, refeitório... sem ninguém e sem praticamente nada. O Forte de Santo António no Estoril foi a casa de férias das alunas desde 1915. Nem o ditador Salazar, que lá veraneou, desalojou as alunas do seu espaço de férias. 
Não terão sido outros os interesses a falar mais alto que levaram ao encerramento do IO? O tempo, "esse grande escultor", dará razão a quem defendeu sem preconceitos a vestusta escola. Ficará "mal na fotografia" quem atacou o IO, quem dele se esqueceu na sua agenda política, ou quem o defendeu meramente por razões de timing político, quem não o defendeu por necessidade egoísta e mesquinha de sobrevivência política ou outra.

Há dois pesos e duas medidas na defesa da escola pública, e enfim na defesa da História, nesta democracia de 42 anos. O que é pena.

Maria Rodrigues

 

14 de maio de 2016

O ataque ao património material e imaterial de Portugal que foi o Instituto de Odivelas

Decorreram mais de 116 anos sobre a fundação do Instituto de Odivelas (IO) pelo Rei D Carlos e pelo Infante D. Afonso. Esta escola pública, ao serviço da Educação de Portugal, com alunas filhas de militares e de civis, foi extinta por motivos pseudo-economicistas e de género. Na verdade, em muitos países civilizados, as escolas públicas de rapazes e de raparigas são uma realidade perfeitamente comum e enquadrada na liberdade de escolha e no direito de opção das famílias. Num qualquer país civilizado do mundo, os poderes públicos defenderiam uma escola pública, centenária e que funcionava bem.

Em 2016, o Mosteiro de Odivelas encontra-se encerrado e o Instituto de Odivelas, com as suas salas de aula, laboratórios, ginásio, piscina, camaratas, refeitório... sem ninguém. O Forte de Santo António no Estoril foi a casa de férias das alunas desde 1915. Nem o ditador Salazar desalojou as alunas do seu espaço de férias.

O tempo, "esse grande escultor", dará razão a quem defendeu sem peias o IO.

Ficará "mal na fotografia" quem atacou o IO, quem não levantou os braços e deu um murro na mesa, obviamente demitindo-se, quem o defendeu meramente por razões de timing político, quem não o defendeu por necessidade egoísta e mesquinha de sobrevivência política, profissional ou outra, quem não teve coragem de falar "cada vez mais alto". Rezarão na História por serem fracos.

Maria Rodriges


Estatuto do Instituto D. Afonso em Odivelas a 9 de Março de 1899
Data da fundação – 14 de Janeiro de 1900



 Colónia de férias do Instituto de Odivelas no Forte de Santo António no Estoril, desde 1915


 Símbolo do Instituto de Odivelas
 Uma criação da Rainha D. Maria Pia

2 de maio de 2016

O Instituto de Odivelas - amnésia histórica ou interesses ocultos?

O Instituto de Odivelas (IO) foi fundado em 1900.
O IO foi uma instituição educativa de excelência.
O IO partilhou e conservou o espaço de um antigo Mosteiro e de um Forte, entretanto "cedidos".
O IO tinha instalações e equipamento escolares e de internato em perfeito estado de conservação.
O IO tinha um brasão de armas.
O IO tinha um hino, um grito, um símbolo.
O IO tinha um Código de Honra.
O IO tinha uma divisa - Cada vez mais alto.
O IO teve um Director Coronel que cumpriu com a sua missão e foi afastado pelo ministro da tutela de então.
O IO foi defendido por poucos; outros não apresentaram a demissão.
O IO constituiu o primeiro ataque aos estabelecimentos militares de ensino.
O IO foi extinto.
Quem defendeu verdadeira e intransigentemente o IO no seio das Forças Armadas Portuguesas, e não só, pode estar de consciência tranquila. Foi coerente.
 
Maria Rodrigues, mãe de uma antiga aluna do IO.