A História secular do Instituto de Odivelas nunca será apagada, nem por lápis azul nem por borracha branca.
Na sequência da recente censura de muita da informação contida na página da wikipedia do IO, e até que o seu conteúdo seja reposto, foi criada a página das "Meninas de Odivelas" contendo todos os factos que foram apagados.
A voz do IO não se calará e falará mais alto, cada vez mais alto!
Só uma coisa me faz alguma confusão.
ResponderEliminarO lodo em que certas instituições foram mergulhadas, é o mesmo lodo em que querem mergulhar uma das maiores instituições de todas: a Língua Portuguesa. Faz parte do mesmo: o desprezo pela Cultura, pela História e por tudo o que é relevante para a identidade de um povo é o mesmo desprezo com que se troca a Língua Portuguesa por géneros de alguma espécie, numa negociata inconfessável, porque ao fim de tanto tempo ainda não se percebem todos os contornos do processo. São [quase] as mesmas pessoas e é o mesmo pensar que prevalece nas diferentes negociatas. Se assim é, porque é que se usa nestas páginas uma ortografia adulterada por uma Resolução de Conselho de Ministros, que anula - imagine-se! - o Decreto-Lei nº 35.228, de 8 de Dezembro de 1945? ( http://ilcao.cedilha.net/?page_id=7691 )
A história já foi contada, com acertos de pormenor aqui e ali. Orwell imaginou-a e escreveu-a num livro a que chamou 1984. Tirando os aspectos supérfluos, descreve bem a descaracterização, a eliminação do passado pessoal e da História colectiva, a padronização dos comportamentos, e até a eliminação da personalidade do indivíduo. Realidade miserável que alguém imaginou, mas que outros promovem como servos obedientes. Eu não quero ser servo obediente de ninguém nem de nada. As pessoas que vou conhecendo nesta luta tão digna também não o querem ser. Então pergunto: a adopção desta ortografia foi um lapso?