Preconceito
Como se explica que em Portugal desde 2013 não haja a liberdade nem o direito de escolher e frequentar o ensino diferenciado e público no Instituto de Odivelas (IO)? Será preciso emigrar para a Inglaterra, para a Alemanha, para os EUA, para os antípodas se em solo pátrio é negada a livre escolha e a igualdade de oportunidades? A "livre Inglaterra" tem uma cruzada para acabar com o ensino diferenciado por género público e privado com tradições? Não, tem mais que fazer!
Como se explicam as críticas de atraso ou retrocesso civilizacional quando estudos científicos e práticas pedagógicas em países justamente civilizados valorizam o ensino diferenciado por género e público?
Como se explica o encerramento e a extinção do IO se o sucesso educativo desta escola com 114 anos é uma evidência? O percurso escolar das alunas do IO resulta mais económico do que o de muitos alunos da rede pública de escolas, bem mais dispendioso, seguindo apenas uma perspetiva economicista e redutora.
Como se explica o bom desempenho académico e profissional de meninas e mulheres ao longo de 114 anos? No início do século XX, o IO tinha por finalidade habilitar as alunas "… a poderem angariar honestamente os precisos meios de subsistência…", sem precisar de pais, irmãos ou maridos. Muito à frente, como agora se diz.
Uma mãe que estudou no ensino diferenciado e não diferenciado, que não é castigadora nem castradora e que tem uma filha que lhe pede para ser aluna interna - leia-se dormir 3 noites no IO - é brâmane? Não é.
Uma mãe que está impedida de matricular a filha mais nova no 5.º ano no IO, porque a lei o impede, é livre, realmente livre? E esta filha mais nova que gostaria de frequentar, e muito, a escola da irmã, é livre? Não haverá aqui uma discriminação de género? Há.
Orgulho
Quanto poupou o Erário Público, enfim Portugal e todos nós, com a conservação pelo IO do edifício gótico na sua origem, um mosteiro que remonta a 1295, que é monumento nacional desde 1910?
Como se pode fazer História destruindo a História de uma escola e, sobretudo, de alunas e mulheres, de etnias, credos e condições socioeconómicas diversas e que há 114 anos se destacam nas mais variadas profissões, pioneiras, lutadoras e vencedoras, meninas de Odivelas, mulheres anónimas ou conhecidas que quiseram ir cada vez mais alto?
Uma mãe que estudou no ensino diferenciado e não diferenciado, que não é castigadora nem castradora e que tem uma filha que lhe pede para ser aluna interna - leia-se dormir 3 noites no IO - é brâmane? Não é.
Uma mãe que está impedida de matricular a filha mais nova no 5.º ano no IO, porque a lei o impede, é livre, realmente livre? E esta filha mais nova que gostaria de frequentar, e muito, a escola da irmã, é livre? Não haverá aqui uma discriminação de género? Há.
Orgulho
Quanto poupou o Erário Público, enfim Portugal e todos nós, com a conservação pelo IO do edifício gótico na sua origem, um mosteiro que remonta a 1295, que é monumento nacional desde 1910?
Como se pode fazer História destruindo a História de uma escola e, sobretudo, de alunas e mulheres, de etnias, credos e condições socioeconómicas diversas e que há 114 anos se destacam nas mais variadas profissões, pioneiras, lutadoras e vencedoras, meninas de Odivelas, mulheres anónimas ou conhecidas que quiseram ir cada vez mais alto?
Maria Rodrigues
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