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27 de julho de 2015

Qual é o papel do Primeiro-ministro na extinção do IO?

Apesar de haver várias “teorias da conspiração” relativamente ao encerramento apressado do Instituto de Odivelas, há umas que parecem mais plausíveis que outras.

O Primeiro-ministro Passos Coelho sempre aparentou estar “alienado” da questão, apesar de lhe termos feito chegar às mãos vários dossiers com informação completa sobre o processo de extinção.

Sabemos que ele recebeu a informação e optou por não intervir.

Sabemos que a Câmara de Odivelas encomendou ao Instituto Politécnico de Tomar, Centro de Estudos de Turismo e Cultura, um estudo sobre Turismo em Odivelas o qual concluiu que “…o grande elemento de atracção é o mosteiro de S. Dinis…” e apresenta como “…factores desfavoráveis: não é um edifício municipal, como pertence ao exército a sua utilização é restrita.”

Também sabemos que, antes de ser 1º Ministro, Pedro Passos Coelho foi professor de Economia Aplicada e Economia do Turismo no Instituto Superior de Ciências Educativas (ISCE), na Ramada, concelho de Odivelas. 

ISCE (ensino superior com cursos na área do Turismo) pertence ao Grupo PEDAGO, ao qual também pertencem, entre outros, o Externato Pica-Pau (pré-escolar e 1º ciclo), o Instituto de Ciências Educativas (2º ciclo, 3º ciclo e secundário), e a Universidade Sénior de Odivelas, ou seja, um grupo que vai do pré-escolar ao ensino universitário, espalhado por vários locais no concelho de Odivelas.

O ISCE e a Câmara de Odivelas têm vários (muitos) pontos de contacto:
  • Protocolos na área do Turismo;
  • A ex-Presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, é também Presidente da AG da Universidade Sénior; 
  • A coordenadora da área de turismo da Câmara de Odivelas, Fátima Paixão, é também professora no ISCE (é a ela que é atribuída a frase “Odivelas vai ter um hotel e nem vai ser preciso construir”);  
  • O director municipal de gestão e administração, Hernâni Boaventura, é também professor e accionista no ISCE, para além de ter feito alguns estudos para a Tecnoforma (a tal do Passos Coelho).
Ao contrário do Instituto de Odivelas, escola pública que o 1º Ministro nunca visitou, o ISCE, escola privada, conta com ele em todas as cerimónias e aniversários.

Não acreditamos em bruxas, mas que las hay, las hay!...

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