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31 de agosto de 2015

Dos fracos não reza a história.

"Depois de vicissitudes várias, em que altos e baixos se enxergam, no quinquagésimo aniversário da sua existência efectiva ressurge o Instituto de Odivelas, remodelado nas suas instalações, reintegrado no seu espírito aquecido pela chama de Deus. A testemunhar que também em Portugal e sob a égide do Estado podem constituir-se e perdurar instituições exemplares de formação patriótica e de educação cristã."
 


27 de agosto de 2015

Colégio Militar em Angola

Depois de destruir com grande afinco a melhor das escolas militares portuguesas, o Instituto de Odivelas, Berta Cabral deslocou-se a Angola para uma reunião de trabalho para discutir, entre outros assuntos, a criação de um Colégio Militar em Luanda, o primeiro de vários que as autoridades angolanas pretendem instalar pelo país. 

Em 2010, já tinha ocorrido uma recolha de fundos por parte de alunos, pais e professores do Colégio Militar para a construção de um Colégio Militar em Angola.

3 de agosto de 2015

Salazar e o acidente no Forte de Santo António da Barra


Há 47 anos atrás, no dia 3 de Agosto de 1968, Salazar teve um acidente no Forte de Santo António da Barra, em S. João do Estoril, que o afastou do poder.

Dizem testemunhos da época que o Presidente do Conselho pedia autorização à então Directora do Instituto de Odivelas (IO), Dr.ª Deolinda Santos, para poder estar no edifício secular e que desde início do século XX foi a Casa de Férias do IO (de acordo com painel de azulejo que o atesta e comprova).


A estadia de Salazar nunca interferiu ou coincidiu com o período de férias das alunas. O ditador pagava em escudos, do seu bolso, e de acordo com os preços de época alta da Linha do Estoril os dias que permanecia de férias.

Em ditadura, o poder político respeitou o IO. Em democracia há um assalto à fortaleza para ganhar milhares de euros, há um total desrespeito pelo património histórico e educativo que representa o Instituto de Odivelas - Infante D. Afonso.

O poder político central e poder local ignoram deliberadamente a história e as vivências de um sítio histórico. Trata-se de uma amnésia histórica propositada, mas a memória não se apaga.


E tudo o MDN levou...

Obstinadamente, contra a vontade de alunas, pais, antigas alunas e comunidade Odivelense, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) encerrou o Instituto de Odivelas (IO) e começou a distribuir o seu património: o MDN disse que iria devolver à população (!) o mosteiro de São Dinis, onde a escola funcionava – irá para a Câmara de Odivelas (CMO)? O Forte de Santo António do Estoril, cedido em 1919 ao IO para colónia de férias das alunas, irá para Câmara de Cascais (CMC). 

O Infante D. Afonso nasceu há 150 anos

No dia 31 de Julho de 1865 nasceu o segundo filho da rainha D. Maria Pia e do rei D. Luís no Palácio da Ajuda, em Lisboa. De seu nome completo: Afonso Henrique Maria Luís Pedro de Alcântara Carlos Humberto Amadeu Fernando António Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis João Augusto Júlio Valfando Inácio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança.

O também Duque do Porto e Condestável do Reino, juntamente com a rainha-mãe, foi  o fundador da escola com 115 anos que agora o Governo de Portugal pretende extinguir. Foi, igualmente, general de divisão do exército português e inspector-geral da arma de Artilharia e, ainda, Comandante Honorário dos Bombeiros Voluntários da Ajuda. Ficou conhecido pela alcunha do Arreda, pois na época seria o que dizia aos transeuntes da Calçada da Ajuda e de outras ruas de Lisboa quando conduzia o seu automóvel. Foi, então, o responsável pela organização das primeiras corridas de automóvel, em Portugal. Representou o irmão, o rei D. Carlos e depois o sobrinho, o rei D. Manuel II,  em Portugal e no estrangeiro, em missões oficiais. Exilado desde 1910 em Itália, terra da sua mãe, casou em 1917, em Madrid, com uma cidadã americana - Nevada Stoody Hayes. O casal não teve filhos.

O Infante D. Afonso morreu a 21 de Fevereiro de 1920 em Nápoles, Itália. O seu túmulo encontra-se no Panteão da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa.


2 de agosto de 2015

Tabela Periódica do IO

Alunas do IO, sob a orientação da prof. Teresa Pericão, construiram uma tabela periódica de grandes dimensões (cerca de 8 metros quadrados). Pedimos às autoras, alunas do 8º ano do ano lectivo 91/92, que identifiquem o elemento químico que desenharam, usando o espaço de comentários deste blog.


A extinção do Instituto de Odivelas rapidamente e em força

O Governo de Portugal pretende extinguir uma instituição educativa com 115 anos de História. Um enorme malefício para a Educação e para História de Portugal. Como se pode defender a valorização da História e a excelência no ensino e na aprendizagem, de acordo a lei, quando a mesma lei extingue o Instituto de Odivelas (IO)? Estas são questões que emergem da análise do decreto-lei  125/2015 de 7 de julho de 2015.

Também não existe nem liberdade de escolha nem direito de opção no que ao IO diz respeito. A escola mais económica, a única pública que dá retorno ao Estado e a que apresenta melhores resultados escolares, inclusive no ano lectivo que findou, é a que encerra. Entretanto, mais 53 milhões de euros são destinados a escolas privadas, algumas das quais com ensino diferenciado por género, o tal que, a par da racionalização de custos, serve de argumento para o fim de uma escola que existe desde 14 de Janeiro de 1900.

Resta saber quem irá realmente fruir do património histórico e educativo que o IO representa nesta fase de final de legislatura. Em 2015, o IO tem instalações em perfeito estado de conservação: salas de aula e multimédia, biblioteca, salas de Teatro, de Culinária, de Puericultura, de Música e Coro, refeitórios, ginásio, piscina coberta, laboratórios, camaratas. Entretanto, no Colégio Militar está a ser construída uma camarata feminina que orça mais de 4 milhões de euros.
O IO é um exemplo de ensino de excelência, reconhecido pela comunidade e pelo seu mais alto representante, o Presidente da República.  Em França, seria impensável extinguir uma escola centenária como a Maison d' Éducation de la Légion d´Honneur. Em Inglaterra não se extinguem escolas centenárias que funcionam bem, e julgo que em nenhum país civilizado do mundo. Nenhum?

Maria Rodrigues