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2 de agosto de 2015

A extinção do Instituto de Odivelas rapidamente e em força

O Governo de Portugal pretende extinguir uma instituição educativa com 115 anos de História. Um enorme malefício para a Educação e para História de Portugal. Como se pode defender a valorização da História e a excelência no ensino e na aprendizagem, de acordo a lei, quando a mesma lei extingue o Instituto de Odivelas (IO)? Estas são questões que emergem da análise do decreto-lei  125/2015 de 7 de julho de 2015.

Também não existe nem liberdade de escolha nem direito de opção no que ao IO diz respeito. A escola mais económica, a única pública que dá retorno ao Estado e a que apresenta melhores resultados escolares, inclusive no ano lectivo que findou, é a que encerra. Entretanto, mais 53 milhões de euros são destinados a escolas privadas, algumas das quais com ensino diferenciado por género, o tal que, a par da racionalização de custos, serve de argumento para o fim de uma escola que existe desde 14 de Janeiro de 1900.

Resta saber quem irá realmente fruir do património histórico e educativo que o IO representa nesta fase de final de legislatura. Em 2015, o IO tem instalações em perfeito estado de conservação: salas de aula e multimédia, biblioteca, salas de Teatro, de Culinária, de Puericultura, de Música e Coro, refeitórios, ginásio, piscina coberta, laboratórios, camaratas. Entretanto, no Colégio Militar está a ser construída uma camarata feminina que orça mais de 4 milhões de euros.
O IO é um exemplo de ensino de excelência, reconhecido pela comunidade e pelo seu mais alto representante, o Presidente da República.  Em França, seria impensável extinguir uma escola centenária como a Maison d' Éducation de la Légion d´Honneur. Em Inglaterra não se extinguem escolas centenárias que funcionam bem, e julgo que em nenhum país civilizado do mundo. Nenhum?

Maria Rodrigues

 

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