Excelentíssimos Representantes dos Órgãos de Soberania de Portugal,
O Instituto de
Odivelas (IO) foi extinto há um ano atrás, mais precisamente deixou de
funcionar quando terminaram as provas de exame nacional para as últimas
alunas do 9.º e do 12.º ano.
Os poderes públicos decidiram extinguir uma escola com 115 anos de História que funcionava bem, frequentada desde sempre por alunas de diversas condições socioeconómicas, uma escola com sucesso educativo e que dava retorno financeiro ao Estado.
Os poderes públicos decidiram extinguir uma escola com 115 anos de História que funcionava bem, frequentada desde sempre por alunas de diversas condições socioeconómicas, uma escola com sucesso educativo e que dava retorno financeiro ao Estado.
Anos 10
Anos 40
2013
Como podem os poderes públicos afirmar que defendem a História de Portugal? Saberão da História do IO? Hoje, os edifícios que a escola preservava respectivamente desde 1900 e 1915 estão encerrados e em perigo, eminente ou efectivo, de vandalismo e sem destino aparente: o Mosteiro de S. Dinis de Odivelas e o Forte de Santo António da Barra em S. João do Estoril.
As "meninas de Odivelas" eram uma marca nacional. Durante décadas, gerações de alunas foram educadas e formadas no IO. Deram um contributo a Portugal e a retribuição foi o fecho de uma escola centenária que foi respeitada na Monarquia, na I República, na Ditadura, no PREC. Na III República o desconhecimento, a insensibilidade e o preconceito conduziram ao desaparecimentos de uma escola de excelência.
A crise de valores e a amnésia nacional selectiva são um sinal dos tempos. A História serve para embelezar e emoldurar discursos de ocasião. Afinal quanto valem uma centena, uma dezena e cinco unidades? Ou de que falamos quando falamos de valores?
Atenciosamente
Com os meus respeitosos cumprimentos,
Maria Margarida Cunha
As "meninas de Odivelas" eram uma marca nacional. Durante décadas, gerações de alunas foram educadas e formadas no IO. Deram um contributo a Portugal e a retribuição foi o fecho de uma escola centenária que foi respeitada na Monarquia, na I República, na Ditadura, no PREC. Na III República o desconhecimento, a insensibilidade e o preconceito conduziram ao desaparecimentos de uma escola de excelência.
A crise de valores e a amnésia nacional selectiva são um sinal dos tempos. A História serve para embelezar e emoldurar discursos de ocasião. Afinal quanto valem uma centena, uma dezena e cinco unidades? Ou de que falamos quando falamos de valores?
Atenciosamente
Com os meus respeitosos cumprimentos,
Maria Margarida Cunha
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