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23 de junho de 2015

E contudo... o Instituto de Odivelas move-se...

Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República Portuguesa
Exmas. Senhoras Deputadas e Exmos. Senhores Deputados

E contudo... o Instituto de Odivelas move-se...

O Instituto de Odivelas foi fundado em 1900.

http://www.institutodivelas.com/


Atenciosamente
Com os meus respeitosos cumprimentos,

Margarida Cunha

23 de Junho de 2015

Uma mera questão de saias, dirão os que querem "fazer História"?

Vejamos quem fez verdadeiramente História:

O Mosteiro de Odivelas foi fundado por decisão de D. Dinis para acolher freiras da Ordem de Cister, em 1295.

O Instituto de Odivelas foi fundado por decreto do rei D. Carlos, em 1900.

Há 115 anos que o Mosteiro de Odivelas e o Instituto de Odivelas são parte integrante de um património único em Portugal: arquitetónico, artístico, educativo, afectivo...

O encerramento do IO é um atentado à História de Portugal, à História de Odivelas, à memória de todas as Meninas de Odivelas. É uma destruição da História!

O silêncio de muitos responsáveis continua, cautelosa ou interessadamente, ensurdecedor...

Valores muito baixos se espojam num chão de gravilha empoeirada e seca, "valores" daqueles que nunca souberam pisar e respeitar  lajes como as do Claustro Principal do Mosteiro/Instituto de Odivelas.

É que não é o deixar de usar uma saia castanha, uma túnica cinzenta de Inverno ou uma túnica aos quadradinhos pretos e brancos na Primavera que explica a extinção do Instituto de Odivelas, não!


21 de junho de 2015

Orientação 4: Diferenciação de género no Colégio Militar?

Os AA do CM debateram em Assembleia Geral de 19 de Junho de 2015 a "Proposta de Revisão da Orientação Estratégica da AAACM".

Apesar da construção das novas camaratas femininas estar aparentemente parada, quiçá por falta de verbas (?), o CM debateu, entre vários assuntos, a orientação 4:

"um caminho para que a introdução de internato em regime misto possa resultar em benefício para o Colégio Militar, promovendo uma interpretação feminina do seu ethos e a igualdade entre os dois sexos, mas rejeitando o caminho insensato que procura tratar de forma igual, algo que é intrinsecamente diferente: o processo de desenvolvimento dos dois sexos na adolescência."

Da leitura da proposta, salientamos a questão da problemática diferenciação de género, bandeira de Berta Cabral:
 
"A intrusão necessária a controlar as óbvias tensões da mistura dos sexos determinará um ambiente concentracionário e com liberdade limitada, que será um ácido forte a corroer a identidade do Colégio.
Por isso o Colégio Militar misto deve ter companhias separadas por sexos e idades, estendendo a lógica que sempre teve à nova realidade. Poderão ser 5, 6, 7 ou 8, o que importa é que mantenham a capacidade formar alunos (e alunas) do Colégio Militar." 



Um património educativo com mais de um século pode ser destruido por um diploma ministerial?

Saberão os poderes que as carteiras "arte nova" de 1900 ainda estão a ser usadas pelas alunas na actual época de exames e provas finais de 2014/2015?

No início dos anos 50 do século XX, o Instituto de Odivelas, (fundado em 1900), teve as suas instalações escolares remodeladas: um renovado espaço escolar interior e exterior mas sempre em perfeita harmonia com o espaço histórico que é o Mosteiro de Odivelas (fundado em 1295).






Todo um património arquitectónico, artístico e escolar está a ser posto em causa por um diploma ministerial absurdo que quer deixar "fruir" (?!) aos Odivelenses o edifício monacal. Tal diploma que segue os passos de outros tantos despachos igualmente absurdos que encerram o Instituto de Odivelas sob pretexto de "potenciar a excelência" do Colégio Militar (!).

A quem interessam, verdadeiramente, as instalações do Instituto de Odivelas? Quem estará, na esfera dos vários poderes envolvidos, e nos bastidores, a accionar roldanas e a mexer nos cordames, a baixar os panos, debaixo do alçapão do palco dos interesses políticos e economico-financeiros?

E a quem interessam as instalações do Forte de Santo António do Estoril que acolhe desde 1915 a colónia de férias do Instituto de Odivelas?

As fotografias são dos anos 50.

A memória não se apaga!!!!


Maria Rodrigues

17 de junho de 2015

Um alvo a abater

Na fotografia do grupo de militares, comandados por Alves Roçadas, onde está assinalado o pai da aluna nº 1 do Instituto de Odivelas, um dos militares impulsionadores da fundação do IO, em 1900.


Foram oficiais do Exército e da Armada e o filho de um rei, o Infante D. Afonso, a Rainha D. Maria Pia e o Rei D. Carlos que fundaram o Instituto de Odivelas.

O Governo de Portugal e o Ministro da Defesa Nacional concordam em extinguir uma escola de excelência  com uma vertente militar ao serviço de uma vertente pedagógica única e até paradigmática para as escolas portuguesas.

Trata-se de por as escolas públicas numa espécie de regime militar de excepção, quiçá com recolher obrigatório? Tudo parece ridículo se levado ao absurdo!

Ou os "militares na reserva" serão chamados às escolas públicas, de acordo com o Governo de Portugal,  porque há necessidade de impor a ordem e a segurança junto de crianças e jovens, de as proteger dos malfeitores e os perversos que rondam muros, grades e sebes?

Então e a PSP e a GNR que outras missões as esperam na terra, no ar e no mar?

Que diferença de 1900 para 2015! Tira-se ao Exército uma escola centenária e dá-se ao Exército uma missão ao mais alto nível para a Defesa de Portugal e em desacordo com a Constituição.

Porque é que o Governo de Portugal não deixa o IO em paz, em vez de o abater,  de o deixar ir ao fundo ou despenhar-se?

E o que é mesmo um Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas?

Na verdade, parafraseando o Primeiro-Ministro de Portugal, de que serve a Constituição aos Portugueses?

Maria Rodrigues

Para Quem Fica O Património Do Instituto De Odivelas?

 
O Instituto de Odivelas nunca deveria ter encerrado. É errado destruir uma escola de excelência que formou gerações e gerações de jovens durante 115 anos, uma escola que provou ser a mais económica, aquela que apresenta melhores resultados. Mas mais do que números, tabelas, curvas, médias e percentagens, o Instituto de Odivelas formou pessoas. Educou para a excelência filhas de muitos portugueses que labutaram no seu dia-a-dia, que morreram pela pátria. Continuaremos a lutar PELA CONTINUIDADE DO INSTITUTO DE ODIVELAS!
 
M.Margarida Pereira-Müller
Antiga Aluna do Instituto de Odivelas 
 

13 de junho de 2015

Paradoxos da política em Portugal - preservar a História de uns e destruindo a História de outros

Um proprietário privado de um imóvel sito na Rua do Alecrim, ao Chiado, quer rentabilizar o seu património deixando que a fábrica de azulejos e a loja  de uma marca portuguesa quase centenária seja despejada - a Fábrica de Sant' Anna (1916). Para o local projectar-se um hotel "dedicado" a  Raphael Bordallo Pinheiro (RBP).

O Hotel pertencerá ao Grupo Visabeira que também é detentor de marcas únicas, históricas e de prestígio, como a Atlantis ou a Vista Alegre.

Imagino o que esse grande artista e caricaturista acharia deste paradoxo relativamente à História: saem azulejos com tradição e entra Bordallo para ajudar à taxa de ocupação hoteleira! Ele que também criou e fabricou azulejos!

O Estado Português maltrata o seu património histórico: o actual Governo de Portugal - quer deixar "fruir" o Mosteiro de Odivelas à "Comunidade de Odivelas" (!) e as instalações do Instituto de Odivelas são, por isso, "desafectadas" do Exército. Assim, uma escola centenária e de excelência é despejada, destruída e afectada, isso sim, na sua identidade e na sua dignidade.

Ora, o Estado deveria saber defender as suas marcas nacionais.

A quem interessará, para além da "Comunidade Odivelense"(?), tal fruição?

A que políticos? A que finança? A que economia?

À primeira, RBP chamou de "a grande porca"; à segunda "o grande cão" e à terceira "a galinha choca".


Maria Rodrigues