Após ouvir o grito das Meninas de Odivelas, o MDN faz uma vénia.
Blog pela manutenção do "Instituto de Odivelas" (IO) como uma Escola de Excelência. A missão do IO é ministrar os cursos de ensino básico e secundário destinados a filhas de militares e civis, em regime de internato e externato, e assegurar a formação militar de base. O IO possui um projecto educativo com oferta alargada, com separação de género, em ambiente escola-família. O IO educa numa cultura de lealdade, coragem, honra, respeito, rigor, exigência e excelência.
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23 de fevereiro de 2014
Alunas do IO marcam presença no encerramento do congresso do PSD
Alunas do Instituto de Odivelas marcaram a sua presença, à entrada do Coliseu dos Recreios em Lisboa, no dia do encerramento do XXXV congresso do PSD. Uma das alunas foi entrevistada por uma jornalista da TVI.
O novo despacho de Aguiar Branco - raiva e autismo?
Foi publicado em DR mais um despacho do Exmo. MDN (2606/2014 de 18Fev) sobre a descaracterização dos estabelecimentos militares de ensino e em particular sobre a extinção do Instituto de Odivelas. Não obstante o despacho anterior, 4785/2013 de 08Abr, já ser um documento insultuoso para os militares, mais uma vez, o Dr. Aguiar Branco, vem dentro das competências do Gen CEME, dar ordens às suas unidades, ao arrepio da cultura organizacional subjacente à forma de estar dos militares e violar o principio básico da unidade de comando e respeito pelas hierarquias. O despudor com que se ignora a identidade e história secular destas escolas (Colégio Militar-CM, Instituto de Odivelas-IO e Instituto dos Pupilos do Exército-IPE), e ignora os desejos e opções de camaradas e suas famílias, é constrangedor e sinal do autismo que é reconhecido ao Dr. Aguiar Branco.
O Instituto de Odivelas é uma escola com 114 anos de existência, com resultados extraordinários que muito honram os militares, e que sem razões entendíveis e ao arrepio das propostas do Exército, vê a sua morte anunciada pelo Dr. Aguiar Branco sem argumentos sérios. A fusão no CM está longe de ser o sucesso apregoado pela máquina de propaganda do regime, pois de cerca de 300 alunas possíveis do IO, apenas 4 foram para o CM e tão só porque o Dr. Aguiar Branco não permitiu que o regime de externato funcionasse naquela escola no 7º ano.
Ainda assim o IO, mesmo sem o 5º ano que representa 50% das admissões todos os anos, em setembro de 2013, aumentou o nº de alunas, sinal que a família militar reconhece o seu valor e continua a encontrar aqui a tranquilidade para a formação e educação integral das suas filhas. O IO, sucessivamente, tem feito parte do grupo dos 5% das melhores escolas nacionais, tendo vindo a ser considerada sucessivamente a melhor escola nacional na disciplina de português do secundário e aquela em que 10% das suas alunas, em 2013, entraram para medicina.
O Dr. Aguiar Branco recusou, como sempre, ouvir e dialogar soluções alternativas, que procurando eficiência e redução de encargos, salvaguardassem a sua identidade e cultura própria.
E o que traz de novo o último despacho do Dr. Aguiar Branco: a raiva! O IO está proibido de admitir novas alunas no ano letivo 2014-2015 e as internas andarão de autocarro, Calçada de Carriche acima e abaixo desafiando diariamente o trânsito.
Resta saber a quem está prometido o seu património.
Assina, “Um militar e pai orgulhoso de uma Menina de Odivelas!”
Carta aberta de uma Antiga Aluna ao Ministro
Sr. Ministro,
sou antiga aluna do Instituto de Odivelas, tendo saído há apenas dois anos. Hoje, quando li o despacho que assinou, vieram-me as lágrimas aos olhos. Como acha possível que tal tenha acontecido? A partir do momento em que escolhe encerrar este Estabelecimento Militar de Ensino está a apagar anos e anos de história e de tradições que, não serão possíveis de ser continuados por novas alunas e isso entristece-me. Entristece-me porque sei que não haverá continuidade nos valores e ensinamentos que nos deram, porque as paredes que eu chamava e ainda chamo de "casa" irão deixar de o ser, porque as alunas que lá estudam deixarão o seu percurso como "menina de Odivelas" a meio e porque as funcionárias e professoras que davam aos suas vidas e todo o seu amor para o bom funcionamento do Instituto durante vários anos terão que o abandonar. Para além de tudo isto, ao abrir possibilidade de externato no Colégio Militar e admissão de raparigas, está a descaracterizar (e muito!) este estabelecimento secular.
Já visitou estes colégios após a introdução das suas "mudanças"? Já perguntou às alunas que frequentam no Colégio Militar se são felizes como o eram no Instituto de Odivelas? Já perguntou aos alunos externos do Colégio Militar se se sentem integrados pelos colegas alunos internos? Já falou com os alunos do Colégio Militar? Será que o maior número de desistências alguma vez acontecido no Colégio Militar estará relacionado com as suas medidas? Parece-me que sim... Já ouviu as associações de pais? E as associações de Antigos Alunos? Já ouviu as opiniões das professoras, funcionários e atuais alunas do Instituto de Odivelas?
Então oiça. Peço-lhe que não feche os olhos a este assunto. Nunca é tarde para corrigir erros.
Pela continuidade de uma Instituição de Excelência,
Mariana Ruivo, antiga aluna nº107/04
22 de fevereiro de 2014
Uma escola fantasma
Artigo de opinião no jornal Expresso e 22 de Fevereiro de 2014.
Uma escola com 114 anos de história, que ocupa os lugares cimeiros nos rankings das escolas nacionais, com um Projeto Educativo único em Portugal, tem de encerrar em 2015? Uma escola visitada pelos últimos reis de Portugal, por presidentes da república, por ministros, por deputadas e deputados da Assembleia da República Portuguesa, por embaixadores e embaixatrizes, por adidos militares estrangeiros, enfim, por diversas personalidades da vida nacional e internacional tem de encerrar? Uma escola que transporta uma marca desde 1900: as “meninas de Odivelas” e com ADN, como agora se diz, tem de encerrar?
O Instituto de Odivelas (IO), de acordo com a decisão governativa, terá apenas dois níveis de ensino no próximo ano letivo de 2014/2015, com o impedimento de receber novas admissões: o 9.º ano e o 12.º ano de escolaridade. As alunas dos restantes níveis de ensino transitarão para o Colégio Militar (CM), sendo que as internas pernoitarão no Instituto de Odivelas. O Instituto de Odivelas está fechando “às pinguinhas” pois já este ano letivo perderam-se todas as candidaturas para o 5.º ano e para o 7.º ano e 10.º ano - nestes últimos casos apenas foram admitidas alunas internas. Paradoxalmente, o IO viu aumentar o número de alunas, precisamente para este ano letivo, mas já para o ano letivo seguinte passará a ter um número residual de alunas. Muitas delas sairão do IO mas para a escola pública ou para o ensino privado. Muitos pais e encarregados de educação que confiaram no Projeto Educativo do IO não irão transferir as suas filhas para o CM. Tenho uma filha no 5.º ano no ensino privado e outra filha que encara com dificuldade o ficar numa escola fantasma, no 9.º ano.
Para iniciarem as aulas, as alunas terão de acordar muito mais cedo para poderem estar no CM depois de duche, tarefas, pequeno-almoço tomado e percurso feito, prontas para a primeira aula da manhã, às 8H00. Ao final do dia, descerão a Calçada de Carriche… Enfim, transporte, condutores habilitados, gasóleo, poluição… Um colégio interno não funciona assim. Um novo edifício de internato que implica custos, e em tempo de vacas magras, a funcionar no mesmo campus de um internato masculino é, no mínimo “contra natura”. Só mesmo na ficção e em Hogwarts, onde existem fantasmas verdadeiros.
Os espetros dos custos e do género não são, contudo, aterradores. Há estudos que contradizem os números oficiais: o IO é sustentável e até mais “económico”, por comparação com outras escolas públicas com oferta educativa específica. Portugal não é o único e último país do mundo civilizado a ter ensino diferenciado por género e público. Veja-se o exemplo dos EUA, da Inglaterra, da Alemanha, onde todos os tipos de ensino coexistem pacifica e democraticamente, dando a liberdade de escolha às famílias e o justo direito de opção. Com a extinção das ordens religiosas em 1834 ocorreu uma discriminação de género pela positiva: as ordens monásticas femininas mantiveram-se nos mosteiros até à última freira. Hoje, numa discriminação de género evidente, são as alunas de Odivelas que têm de se diluir no CM. Desaparece um estabelecimento militar de ensino centenário e descaracteriza-se um estabelecimento militar de ensino bicentenário. Com franqueza, estamos perante um problema de preservação do património educativo de Portugal. Até o Papa Francisco deu a bênção apostólica ao Instituto de Odivelas!
Desfaz-se uma escola centenária para fazer História? Porquê? Certamente que os antigos alunos do CM não me irão cobrar direitos de autor.
Maria Rodrigues
Página da wikipedia do IO censurada
A História secular do Instituto de Odivelas nunca será apagada, nem por lápis azul nem por borracha branca.
Na sequência da recente censura de muita da informação contida na página da wikipedia do IO, e até que o seu conteúdo seja reposto, foi criada a página das "Meninas de Odivelas" contendo todos os factos que foram apagados.
A voz do IO não se calará e falará mais alto, cada vez mais alto!
8 de fevereiro de 2014
IO Memória - Tempos livres
Porque a História nunca se apaga e são as memórias que lhe dão fulgor...
Alunas no Recreio na Quinta do Instituto de Odivelas - 1930
IO Memória - Aulas de Educação Física
Porque a História nunca se apaga e são as memórias que lhe dão fulgor...
5 de fevereiro de 2014
A Fábula do IO
Esta fábula conta uma história de animais, de pessoas
E de um lugar,
Belo, Mágico e Encantado,
Onde
Os Animais falam,
Num tom disfarçado,
As pessoas, emitem sons que não se conseguem decifrar,
(Pelo menos em “humanês”).
E se algum dia, alguém o fez,
Decerto foi para enganar quem julgava que sabia falar.
Esta fábula, como muitas outras fábulas, começou… Há muitos e muitos anos…
Há muitos e muitos anos…
Havia um Rei corajoso e uma Santa Rainha bondosa
Num Palácio,
Num vale maravilhoso, de flores cheiroso,
Lá longe e cheio de cores.
Há muitos e muitos anos…
Um urso, esfomeado e de dente arreganhado,
Ousou pensar, este rei atacar.
(Sim, porque aqui, os ursos podem pensar)
E acabou.
Como? Não sei!
Petrificado, transformado
Em base de pedra tumular,
Bem rente ao chão, sem nunca mais se poder levantar.
Há muitos e muitos anos…
Viviam nesse “Palácio”,
Umas Princesas de hábitos, em jardins fechados
E fechadas,
Enclausuradas,
Mas que viam as estrelas e o sol.
E ouviam, no frio ou no calor,
Do céu, o seu esplendor.
E Passados muitos anos…
Outras Princesas vieram,
Meninas
E aí cresceram e cantaram e dançaram.
E em cada ano, voaram.
E durante esses anos…
Mestras Fadas as ensinaram
A crescer,
A aprender,
A sonhar
E a voar.
Muitos anos se passaram…
Até que um dia…
Enormes e ferozes animais apareceram,
E os muros do “Palácio” atacaram e escarneceram:
Leões,
Hienas
E abutres.
Os primeiros… rugiam…rugiam… rondavam… rondavam,…
Queriam ser Reis daquele “Reino”.
As segundas… sorrateiras riam… riam… e escondiam o que realmente pretendiam.
Os terceiros, planavam… planavam… e silenciosos, observavam, voando astuciosos.
De vez em quando
Todos se calavam…
Parecia que os leões haviam desistido, não se ouvia nenhum rugido!
As hienas, os seus risos abafavam!
E os abutres, atentos, perspicazes, pousavam!
Até que um dia…
(Ou de uma fábula não se tratasse!)
Os animais começaram a falar e a gritar!
Até parecia que estavam todos combinados:
Feitiçaria?
Bruxaria?
Que seria?
Talvez a bruxa de outrora tivesse lançado um “mau-olhado”
Que só mais tarde, por ser tão fundo e forte e mau, se manifestaria!?
Os leões tinham deixado de rugir,
Falavam como homens,
Faziam reuniões,
Decretos
Despachos
Comissões.
As hienas tinham voltado a rir mas… “humanêsmente”.
Diziam aquilo que não pensavam.
E, francamente, com caras e feições desconfiadas,
Ameaçavam,
Mal-educadas.
Os abutres, esses lá em cima, nada percebiam,
Nem se interessavam,
M as falavam,
Vociferavam
E esperavam,
Ansiosos,
Pacientes,
Por alguma sobra,
Invejosos.
Então,
Trazido certamente
Por alguma fada persistente,
Um cavaleiro determinado,
De coragem fardado,
Veio lutar
Para salvar
As meninas que queriam aprender a voar.
Lutou… Lutou… Lutou…
Uns,
(Poucos),
Se lhe juntaram,
E lutaram com tudo o que encontraram:
Vontade, Esperança,
Trabalho, Honestidade
E muita Perseverança.
Outros,
(Muitos)
Desejando em primeiro lugar
Os seus interesses e a sua pele salvar,
Fingindo que não sabiam a verdade,
Se foram, à procura de fartança.
Como acabou?
Não sabemos.
Nas fábulas
Não há previsões orçamentais,
Não há providências…
Não há técnicos profissionais,
Não há audiências,
Nem mesmo suspensões ou comissões.
Nas fábulas
Os animais podem falar.
As meninas aprendem a voar.
E os cavaleiros podem lutar e vencer.
Nesta fábula
Tudo pode ainda acontecer…
Naquele lugar
Belo, Mágico e Encantado.
Entre o luar
E o amanhecer
De um qualquer dia desejado.
E de um lugar,
Belo, Mágico e Encantado,
Onde
Os Animais falam,
Num tom disfarçado,
As pessoas, emitem sons que não se conseguem decifrar,
(Pelo menos em “humanês”).
E se algum dia, alguém o fez,
Decerto foi para enganar quem julgava que sabia falar.
Esta fábula, como muitas outras fábulas, começou… Há muitos e muitos anos…
Há muitos e muitos anos…
Havia um Rei corajoso e uma Santa Rainha bondosa
Num Palácio,
Num vale maravilhoso, de flores cheiroso,
Lá longe e cheio de cores.
Há muitos e muitos anos…
Um urso, esfomeado e de dente arreganhado,
Ousou pensar, este rei atacar.
(Sim, porque aqui, os ursos podem pensar)
E acabou.
Como? Não sei!
Petrificado, transformado
Em base de pedra tumular,
Bem rente ao chão, sem nunca mais se poder levantar.
Há muitos e muitos anos…
Viviam nesse “Palácio”,
Umas Princesas de hábitos, em jardins fechados
E fechadas,
Enclausuradas,
Mas que viam as estrelas e o sol.
E ouviam, no frio ou no calor,
Do céu, o seu esplendor.
E Passados muitos anos…
Outras Princesas vieram,
Meninas
E aí cresceram e cantaram e dançaram.
E em cada ano, voaram.
E durante esses anos…
Mestras Fadas as ensinaram
A crescer,
A aprender,
A sonhar
E a voar.
Muitos anos se passaram…
Até que um dia…
Enormes e ferozes animais apareceram,
E os muros do “Palácio” atacaram e escarneceram:
Leões,
Hienas
E abutres.
Os primeiros… rugiam…rugiam… rondavam… rondavam,…
Queriam ser Reis daquele “Reino”.
As segundas… sorrateiras riam… riam… e escondiam o que realmente pretendiam.
Os terceiros, planavam… planavam… e silenciosos, observavam, voando astuciosos.
De vez em quando
Todos se calavam…
Parecia que os leões haviam desistido, não se ouvia nenhum rugido!
As hienas, os seus risos abafavam!
E os abutres, atentos, perspicazes, pousavam!
Até que um dia…
(Ou de uma fábula não se tratasse!)
Os animais começaram a falar e a gritar!
Até parecia que estavam todos combinados:
Feitiçaria?
Bruxaria?
Que seria?
Talvez a bruxa de outrora tivesse lançado um “mau-olhado”
Que só mais tarde, por ser tão fundo e forte e mau, se manifestaria!?
Os leões tinham deixado de rugir,
Falavam como homens,
Faziam reuniões,
Decretos
Despachos
Comissões.
As hienas tinham voltado a rir mas… “humanêsmente”.
Diziam aquilo que não pensavam.
E, francamente, com caras e feições desconfiadas,
Ameaçavam,
Mal-educadas.
Os abutres, esses lá em cima, nada percebiam,
Nem se interessavam,
M as falavam,
Vociferavam
E esperavam,
Ansiosos,
Pacientes,
Por alguma sobra,
Invejosos.
Então,
Trazido certamente
Por alguma fada persistente,
Um cavaleiro determinado,
De coragem fardado,
Veio lutar
Para salvar
As meninas que queriam aprender a voar.
Lutou… Lutou… Lutou…
Uns,
(Poucos),
Se lhe juntaram,
E lutaram com tudo o que encontraram:
Vontade, Esperança,
Trabalho, Honestidade
E muita Perseverança.
Outros,
(Muitos)
Desejando em primeiro lugar
Os seus interesses e a sua pele salvar,
Fingindo que não sabiam a verdade,
Se foram, à procura de fartança.
Como acabou?
Não sabemos.
Nas fábulas
Não há previsões orçamentais,
Não há providências…
Não há técnicos profissionais,
Não há audiências,
Nem mesmo suspensões ou comissões.
Nas fábulas
Os animais podem falar.
As meninas aprendem a voar.
E os cavaleiros podem lutar e vencer.
Nesta fábula
Tudo pode ainda acontecer…
Naquele lugar
Belo, Mágico e Encantado.
Entre o luar
E o amanhecer
De um qualquer dia desejado.
3 de fevereiro de 2014
O 1.º Dia Aberto 2014 no Instituto de Odivelas
No passado dia 16 de janeiro de 2014 decorreu, nos turnos da manhã e da tarde, o 1.º Dia Aberto no Instituto de Odivelas (IO), com o objetivo de dar a conhecer o estabelecimento militar de ensino com 114 anos de idade e proporcionar o contacto com a vivência diária das alunas em ambiente de sala de aula.
Preconceito, orgulho e cada vez mais alto
Preconceito
Como se explica que em Portugal desde 2013 não haja a liberdade nem o direito de escolher e frequentar o ensino diferenciado e público no Instituto de Odivelas (IO)? Será preciso emigrar para a Inglaterra, para a Alemanha, para os EUA, para os antípodas se em solo pátrio é negada a livre escolha e a igualdade de oportunidades? A "livre Inglaterra" tem uma cruzada para acabar com o ensino diferenciado por género público e privado com tradições? Não, tem mais que fazer!
Como se explicam as críticas de atraso ou retrocesso civilizacional quando estudos científicos e práticas pedagógicas em países justamente civilizados valorizam o ensino diferenciado por género e público?
Como se explica o encerramento e a extinção do IO se o sucesso educativo desta escola com 114 anos é uma evidência? O percurso escolar das alunas do IO resulta mais económico do que o de muitos alunos da rede pública de escolas, bem mais dispendioso, seguindo apenas uma perspetiva economicista e redutora.
Como se explica o bom desempenho académico e profissional de meninas e mulheres ao longo de 114 anos? No início do século XX, o IO tinha por finalidade habilitar as alunas "… a poderem angariar honestamente os precisos meios de subsistência…", sem precisar de pais, irmãos ou maridos. Muito à frente, como agora se diz.
Uma mãe que estudou no ensino diferenciado e não diferenciado, que não é castigadora nem castradora e que tem uma filha que lhe pede para ser aluna interna - leia-se dormir 3 noites no IO - é brâmane? Não é.
Uma mãe que está impedida de matricular a filha mais nova no 5.º ano no IO, porque a lei o impede, é livre, realmente livre? E esta filha mais nova que gostaria de frequentar, e muito, a escola da irmã, é livre? Não haverá aqui uma discriminação de género? Há.
Orgulho
Quanto poupou o Erário Público, enfim Portugal e todos nós, com a conservação pelo IO do edifício gótico na sua origem, um mosteiro que remonta a 1295, que é monumento nacional desde 1910?
Como se pode fazer História destruindo a História de uma escola e, sobretudo, de alunas e mulheres, de etnias, credos e condições socioeconómicas diversas e que há 114 anos se destacam nas mais variadas profissões, pioneiras, lutadoras e vencedoras, meninas de Odivelas, mulheres anónimas ou conhecidas que quiseram ir cada vez mais alto?
Uma mãe que estudou no ensino diferenciado e não diferenciado, que não é castigadora nem castradora e que tem uma filha que lhe pede para ser aluna interna - leia-se dormir 3 noites no IO - é brâmane? Não é.
Uma mãe que está impedida de matricular a filha mais nova no 5.º ano no IO, porque a lei o impede, é livre, realmente livre? E esta filha mais nova que gostaria de frequentar, e muito, a escola da irmã, é livre? Não haverá aqui uma discriminação de género? Há.
Orgulho
Quanto poupou o Erário Público, enfim Portugal e todos nós, com a conservação pelo IO do edifício gótico na sua origem, um mosteiro que remonta a 1295, que é monumento nacional desde 1910?
Como se pode fazer História destruindo a História de uma escola e, sobretudo, de alunas e mulheres, de etnias, credos e condições socioeconómicas diversas e que há 114 anos se destacam nas mais variadas profissões, pioneiras, lutadoras e vencedoras, meninas de Odivelas, mulheres anónimas ou conhecidas que quiseram ir cada vez mais alto?
Maria Rodrigues
1 de fevereiro de 2014
IO Memória - grupo coral e outras actividades
Porque a História nunca se apaga e são as memórias que lhe dão fulgor...
Grupo coral do Instituto de Odivelas com o Maestro Ivo Cruz filho, nos anos 50.
Alunas do Instituto de Odivelas (IO) a assistem a Provas de Natação junto à Piscina no IO, com os característicos chapéus de palha, nos anos 40.
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